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sábado, 30 de julho de 2016

Passos antes de ter a 600c



Fala companheiros! Conforme prometido vou postar a experiência que tive quando decidi comprar uma motocicleta que sempre fui apaixonado. Na verdade a minha escolha não se baseou necessariamente no modelo escolhido e sim em três fatores: custo benefício (preço), esportividade e motor de 4 cilindros. Para ficar mais fácil de compreender criei este post para entenderem a minha trajetória até a realização do sonho.
Quando completei 18 anos de idade fiquei desesperado para tirar a carteira de motorista, como a maioria dos jovens. Acontece que não tinha perspectiva de comprar um carro, no entanto, como meu pai possuía um popular automaticamente fiquei tranqüilo, pois pensei que poderia utilizar o carro do coroa esporadicamente. Ledo engano!
Após tirar a habilitação de primeira, fiquei todo contente e fui comemorar com um amigo a conquista. Fomos para alguns bares em BH (de ônibus) e tomamos todas, inclusive me dei bem no dia porque consegui pegar duas garotas na noite, sendo que uma chegou nos finalmentes.




 Pois bem, passado algum tempo a habilitação chegou, eis que me sinto confiante para pegar o carro do coroa e ir com esse camarada até a casa de umas amigas do colegial (agora é minha oportunidade de impressionar). Peguei as chaves do carango e meu pai não estava em casa, então liguei e avisei que iria sair com o carro, ele perguntou com quem, onde iria, quanto tempo demorava, etc. Respondi que iria com fulano só no bairro ao lado na casa de um amigo e tal. Ele então pediu para esperar um pouco, nesse momento vi que o role ia furar. Quando pensa que não, ele chega ofegante em casa de tanto correr, com medo de eu sair com o carro sozinho. Na hora que eu o vi já percebi que não ia rolar. Ele falou que ia comigo e como eu queria ver as garotas para tirar uma onda, ir com meu pai não tava nos planos. Foi então que eu apelei e disse que se não fosse sozinho não pegaria o carro dele. Ele concordou rapidamente (kkkkk). E foi assim eu não usava o carro dele pra nada.

Depois desse episódio me vi em uma sinuca de bico, pois eu tinha habilitação, porém não tinha validade alguma para mim. Tive a ideia então de tirar a categoria “A”, pois como moto é barato eu com certeza conseguiria comprar mais rápido. (Na época com 18 anos eu era dono de um pequeno comércio).
Foi então que eu iniciei as aulas com um vizinho que tinha moto escola e consegui também tirar de primeira. Fui então 6 dias depois em uma agência e escolhi a moto que atendia minhas expectativas. Não era top, mas também não era CG. Conversei com o dono da agência e falei que não queria teria uma parte da entrada, na época a moto custava R$3.800,00 e eu tinha R$1.200,00 e o saldo devedor eu queria pagar em no máximo 3 vezes. Ele então ligou para a financeira e deram pau, por que eu só tinha 18 anos, não tinha como comprovar renda e iria fazer uma dívida de R$866,00 mensais sendo que o salário mínimo da época era R$300,00. Com a negativa da financeira o dono da agência conversou muito comigo e disse que poderia fazer um financiamento próprio dessa da forma que eu queria. Segundo ele sentiu confiança em mim e para se resguardar só entregaria o recibo do documento depois que eu quitasse a divida. Assim foi feito, dei a entrada e no dia fui até a loja com um amigo, pois eu era completamente cabaço para pilotar na rua. Chegando ao local ele mandou dar um trato na motoca e ela estava impecável. Linda, maravilhosa, surpreendente e o melhor, era minha.



Meu amigo foi comigo até minha casa e lá me entregou as chaves. Fui acelerar na rua e quase tomei um capote. Mas nem ia ligar se quebrasse eu não teria que dar satisfação a ninguém mesmo.  Só sei que minha vida melhorar 1.000% com essa aquisição. A partir desse momento que eu realmente me vi inserido na sociedade, pois a mobilidade e liberdade que um veículo te dá não preço. Lógico que não estou falando em ser “carpe”, contudo com um pouco de dinheiro tive a autoestima  elevada a nonagésima potência. Arrumei até uma namorada na época. Interesseira? Sim. Fodas, eu tava comendo gostoso e nem me importava. A única coisa que eu gastava era com gasolina e cachorro quente. Saia mais barato que ficar andando de ônibus pra baixo e pra cima indo em shop a procura de ninfas.

A conclusão é a seguinte, eu era apaixonado com carros. Porém o destino me reservou a moto. Hoje sou alucinado e só estou esperando as coisas melhorarem e os investimentos atingirem um patamar considerável para eu comprar novamente um brinquedinho desses. Compro, curto e vendo. Simples assim.
Quando menos esperei, veio a monstro....

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