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sábado, 25 de março de 2017

Corre Caralho!



Recebi uma informação através de um novo companheiro de equipe, já já conto sobre a peça, que havia um indivíduo foragido em uma determinada região, não vou revelar a bronca. O “x” passou o canal que ele estaria ficando em uma casa abandonada no meio de uma mata fechado e teria pego com outro vagabundo uma pistola .380 para se resguardar. Sendo assim pegamos a viatura e fomos a procura do nosso alvo.


O “x” tinha revelado somente a região e o primeiro nome do “pila” que aqui tratarei ficticiamente como Cuzão (por que é o que todos vagabundos são). Cuzão estava em uma área de mata bem densa e que não chegava veículos de quatro rodas, apenas motocicleta. A informação veio de uma sacola (amante) de um amigo que informou todo o fato, pois ficou sabendo da notícia no pequeno distrito em que reside.


Dessa forma tínhamos a região e o nome. Gastamos uma manhã inteira para conseguir identificar a área com precisão. Andamos algumas horas em estradas de terra esburacadas na condução de um pseudo carro digno do desenho dos Flintstone, infelizmente com a janela aberta tamanho era o calor que fazia, e infelizmente com as narinas entupidas de poeira que cada carro deixava em nós ao cruzarmos o caminho.


Ao chegarmos na fazenda indicada que dava acesso a mata, cumprimentamos o proprietário do local que nos receber muito gentilmente, explicamos o motivo de estarmos em suas terras e ele confirmou que teria uma casa abandonada nas bandas de sua propriedade mesmo e que teria visto um individuo com cara de andarilho com as mesmas características físicas do Cuzão.


Ficamos em um primeiro momento empolgado com a situação, só no primeiro momento, porque depois que começamos a deslocar a pé nas trilhas do mato com o sol escaldante e a folhagem seca rasgando a pele nos arrependemos na hora. Mas já estávamos ali não íamos voltar atrás. Pra completar os fdp dos mosquitos queriam a todo custo meu pobre e alcoólico sangue. Que grande merda.


Visualizamos de longe a choupada do jovem cuzão, fizemos o local e percebemos que não dava para ele nos surpreender, assim aguardamos um tempo para ter certeza que nada daria errado e demos o pulão.


Meu parceiro cercou a parte de trás do barraco que tinha uma saída e eu a frente. As janelas estavam abertas, ou melhor, entrei no buraco da janela por que essas já não haviam. Concomitantemente meu parceiro entrou pela porta de trás e em alto e bom som entoamos o famoso “polícia porra, perdeu”. Nesse momento imediatamente saímos correndo em desabalada carreira.


Só vi a arma em punho na mão do colega apontada pra cima e eu a passos largos correndo para fora da casa, também na mesma posição instintiva. Assustamos-nos muito e demoramos alguns segundos para entender o que havia se passado. O coração palpitando e a adrenalina a mil. Não vimos ninguém na casa, mas algo nos espantou de lá mais rápido do que o barulho do estampido de um tiro a poucos metros do alvo.


Sabe o que era? A porra de um milhão de morcegos gigantes do tamanho do BATMAN. Puta que pariu porra, ao entrarmos e gritarmos igual louco para mostrar a superioridade para o Cuzão os morcegos acordaram do sono profundo e começaram a voar loucamente em todas as direções. Parceiro sem mentira devia ter uns 30 desses ratos com asas. Velho muito tenso a situação. Demoramos uma cara na porta do barraco para ter coragem de entrar novamente. Dois marmanjos portando cada uma .40 e uma calibre .12 na bandoleira do colega com medo do sangue sugas.



Nesse momento disparamos a rir já que pelo menos constatamos que o Cuzão não estava lá. Depois da tensão entramos e percebemos que não ia ninguém ali há muito tempo e que a informação era furada. Na saída havia uma caixa de maribondos gigantes na entrada do barraco e eu nem havia percebido. Era do tamanho de uma bola de futebol. Eu que sou atentado pra caralho falei com o parça (meio gordo e não aguenta correr muito) se prepara por que vou derrubar saporra. Ele implorou para que eu não fizesse, mas já estava com uma manga na mão. Foi só uma lenhada que pegou no meio da caixa de maribondos. Subiu uma nuvem preta, nesse momento corri igual maratonista e o colega vomitando os bofes lá trás. Sorte que os maribondos não nos seguiram e ninguém saiu ferido.




Depois conto a continuação da diligência, pois fomos a três fazendas no mesmo dia e encontramos onde ele realmente estava ficando. Vlw.



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Olha eu aqui!



Fala galera.


Ando meio sumido né. Cansado, abatido, sem vontade de cantar uma bela canção, kkkk. Então, o batido tá o mesmo de sempre. Trabalhando com o que tem e o que dá. Estado em “estado” de calamidade, por incompetência de várias gestões e servidores sem vislumbrar algo de bom no fim do túnel.


Nesse tempo sem postar andei lendo mais, escrevendo muito. Na verdade escrevo periodicamente em outro blog que possuo. Ele é bem acessado e o faço com mais prazer, pois o assunto muito me interessa. Não que esse espaço não me complete. Longe disso. Mas na verdade venho buscando novos ares e horizontes e dessa maneira procuro fazer o que me dá mais prazer.


Acompanho sempre os colegas que postam nos outros blogs e acho uma forma de obter conhecimento muito valida. A maneira rudimentar da escrita sem as diversas revisões de críticos e essa coisa toda, torna a comunicação mais rápida e pratica. Escrevemos de qualquer maneira para passar uma mensagem, ou seja, sem se ater as milhares de regras inúteis existentes na gramática.


Acho que é assim que tem que ser quando o assunto é de macho. Frescurinha comigo não rola. Gostaria de postar mais sobre o dia a dia da polícia, contudo estou meio sem ânimo mesmo. Como disse, trabalhar sem norte, sem perspectiva é um pouco desmotivante. E por mais que eu queira fazer com excelência minha função há momentos que sinto uma pressão que nos puxa para baixo. Hora da mídia, dos direitos humanos, da corregedoria, da falta de amparo se algo der errado. Isto é, parece que existe uma conspiração para que o serviço não flua. São muitos direitos e poucos deveres (para o vagabundo é claro).



Sendo assim, agradeço as visitas no blog e saibam que estou presente aqui quando quiserem. Façam sugestão de tópico que posto algo também. Uma coisa que me motiva escrever mais no outro blog é o canal que possuo com o público. Lá eles comentam mais e assim fico empolgado e escrevo muito. Dá a entender que alguém está prestando atenção em você. 


É isso ai, um abraço.