Olá nobres companheiros. Não tenho postado ultimamente. Fico
bastante estressado com frequência. Não sei se é a rotina de serviços ou se é
apenas meu mau temperamento. Acredite sou chato pra caralho e é muito comum me
ver de mau humor durante a semana. Será que é parte do que o “pobretão” sente?
Tipo durante a semana trabalhando é uma bosta e quando chega o fds há uma falsa
libertação que preenche a lacuna da vida e automaticamente lhe devolve o
controle da situação quando por singelos momentos você volta a ser dono do seu
tempo? Sei lá! Não consigo responder essa indagação, porém tenho certeza que
quando estou de férias e/ou afastado do trabalho por algum motivo eu não fico
com tanto mau humor.
Antes de falar realmente das incoerências da capital, tenho
que relatar que passei por outra cidadezinha antes de chegar ao miolo do centro
comercial de MG. No serviço público você consegue ser transferido de duas
maneiras:
1° Você tem um conhecido (padrinho, resquício do
coronelismo, ranço de merda ainda existência);
2° Permuta/troca.
Pois bem, como eu queria vir pra perto da minha família
consegui achar um colega que aceitou trocar pelos mesmos motivos, assim fiquei
metade do caminho mais perto da capital, o que é consideravelmente mais fácil
pra terminar de chegar, já que estamos falando da região metropolitana de BH e
não mais do interior propriamente dito.
Por ser RMBH a pequena cidade que fiquei tinha a população
30% maior que a antiga, mas seguramente 1.000% mais problemas e serviços
pesados. Só para se ter uma ideia, a cidadezinha que eu estava tinha 1 (um)
homicídio por ano, já esta que eu fui chegou a ter 5 (cinco) por semana e média
de 7 (sete) ao mês. Olha que merda que eu fui me meter kkkkk.
A vantagem que só tinha gente boa de trabalho, experientes e
competentes e foi lá que eu aprendi a ser POLÍCIA. Não por que na outra
cidadezinha tinha pessoas desqualificadas, longe disso. Na verdade o que
acontece é que a outra era muito pacata e tranquila, um lugar realmente onde é
permitido viver com um pouco de dignidade. Já na RMBH a coisa pega, não tem
essa de dignidade. A exemplo de todas as capitais do bostil lá era a lei do
cão. Naquele momento sim fui preparado para guerra civil instalada nessa porção
de terra em que vivemos.
Lembro de ter participado da minha primeira perseguição. Foi
muito louco e estava morrendo de medo. Na direção tava um brother com quem
convivi e hoje por coincidência do destino trabalha a 300metros da minha DEPOL,
vamos chamá-lo de Capivara (imagina o tamanho do garoto) e de copiloto estava o
hoje livre e aposentado Vacariano. Estávamos investigando um alvo e no momento
em que percebemos que a ação delituosa estava consumada fomos abordá-lo. O que
eu pelo menos não contava era que ele iria correr tanto em cima de uma
bicicleta kkkkk. O FDP quando viu a viatura se aproximar pedalou em desabalada
carreira e o Capivara que era exímio piloto foi no encalço. As ruas eram de
terra e apertadas, imagina a magrela que eu passei no banco de trás sem ter
controle algum da situação. Só conseguia segurar no “puta que pariu” para não
ficar pulando igual uma pipoca de micro ondas lá trás. Enquanto isso o fdp do
Vacariano botava pilha para o Capivara acelerar cada vez mais. Na minha mente
só vinha o seguinte “tomar no cu desse Vacariano, sáporra quer morrer”. Eis que
num declive o alvo saiu na tangencial de uma curva. Capivara passou mal para
desviar dele. Ufa, desci rapidamente, mas muito mesmo e fui enquadrar o cara.
Não tinha escapatória eu não iria soltá-lo por nada, até por que não queria
participar de outra perseguição naquele dia.
Fomos para DP realizamos os procedimentos de praxe e o alvo foi
devidamente preso, e posteriormente condenado há alguns anos (quando você fica
sabendo da sentença dá uma felicidade bem maior do que na hora do flagrante).
Posteriormente perseguições como essa e não poucas vezes mais difíceis se
tornaram frequentes para mim. Até que eu já estava na direção e o Capivara
fazia às vezes do Vacarian - que já estava aposentado. Que época boa.
Vamos falar das farras e mulherada. Velho o que essa cidade
tinha de perigoso ela também tinha de mulheres pervas kkkk. Eu achava que era o
comilão antes, nessa cidade então estava sendo o verdadeiro “Latino” (pago pau pra ele, cara
é comedor). Assim que cheguei eu fiquei dividindo casa com o Capivara que era
da minha idade e da minha turma de formação. Ele já estava naquela cidade há um
ano e entrosado nas resenhas. O cara era tipo promoter de festas, toda hora
mina ligava querendo saber qual era a boa da noite. Eu que ainda namorava com a
mina da outra cidadezinha não dei bobeira e terminei o mais rápido possível.
Fiquei totalmente disponível e cheguei a contabilizar a média de 1 mulher
diferente por noite (no começo é claro, depois foi repetindo até que selecionei
as melhores fixas). Isso sim era vida. Serviço foda durante o dia, com medidas
de adrenalina e emoção e durante o descanso da noite, uma nativa com tudo em
cima.
Beleza meus caros desse local tenho muito ainda a contar e
depois volto nos dias emocionantes e complicados que eu tive. Foi lá também que
passei diversas vezes em jornais de nível estadual, nacional e internacional.
Então apesar de não me conhecerem, pode ser que já me viram ;).
Belo post, amigo. Saimos da acadepol e iniciamos o estágio supervisionado. Qualquer dia a gente se esbarra, mesmo sem saber ao certo um do outro.
ResponderExcluirContinue postando. Falar dessas devassas e experiências na gloriosa é sempre bom de ler. kkkk.
Abraço
Fala Zé. Se tiver fazendo estágio em sua cidade pode ter certeza que vamos trombar. Força ai e segura a onda pq agora você deslancha na I.F.
ResponderExcluirChego lá tb.